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O que é o PBT de um caminhão? 

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O que é o PBT de um caminhão? 
Hivecloud
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Atualizado em 30 de agosto de 2024

Quem trabalha com transporte de cargas entende a importância de conhecer a capacidade de carga dos caminhões para evitar problemas fiscais e operacionais. Por isso, é essencial ter um entendimento claro sobre o PBT, o Peso Bruto Total do caminhão. 

Embora esse seja um termo bastante utilizado, muitos profissionais e empresários do setor ainda têm dúvidas sobre o que ele realmente significa e como impacta diretamente suas atividades. 

Assim, se você busca entender como evitar problemas com as leis sobre peso de caminhões, melhorar a segurança das operações e economizar dinheiro no transporte, continue a leitura. 

    O que é o PBT de um caminhão? 

    PBT é a sigla para Peso Bruto Total, que se refere a capacidade máxima que pode suportar um veículo de transporte, incluindo a soma da própria Tara (T) e da Lotação (L).  

    Na prática, esse valor é indispensável para definir o quanto de peso um caminhão pode aguentar para transportar cargas em segurança pelas rodovias. 

    Quem regulamenta o excesso de peso nos caminhões? 

    No Brasil, o excesso de peso nos caminhões é regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), órgão responsável por estabelecer também normas e diretrizes para o trânsito no país.  

    Além do Contran, para a fiscalização em rodovias com pedágios, as multas ficam por conta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

    Já o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é o responsável por multar nas rodovias sem pedágios.  

    E os órgãos estaduais e municipais de trânsito são os que desempenham os papéis nas fiscalizações estaduais e na aplicação das penalidades dentro desse âmbito. 

    Como calcula o PBT de um caminhão? 

    O PBT de um caminhão é calculado somando o peso do veículo vazio, chamado tara, ao peso da carga que ele está transportando. Sendo assim, a fórmula básica para calcular esse PBT é: 

    PBT = Tara + Peso da Carga 

    Vale lembrar que: 

    A tara é o peso do caminhão vazio, incluindo todos os seus componentes, como o chassi, a cabine, os pneus, o combustível no tanque, e qualquer equipamento fixo, mas sem a carga. 

    Já o peso da carga refere-se ao peso total de tudo o que está sendo transportado no caminhão. Incluindo a carga propriamente dita e qualquer embalagem ou equipamento de sustentação delas, como paletes. 

    Sabendo disso, vamos a um exemplo prático: 

    Digamos que a tara de um caminhão pesa 10 kg, já o peso da carga é 20 kg. 

    Nesse exemplo, o PBT do caminhão seria 30 kg. 

    Qual a diferença entre PBT e PBTC? 

    A diferença entre PBT e PBTC está na quantidade de veículos envolvidos. Como já sabe, o PBT é o peso máximo que um único caminhão pode ter, somando o peso do veículo vazio e a carga.  

    Já o PBTC (Peso Bruto Total Combinado) é o peso máximo total de um conjunto de veículos. Como um caminhão trator mais um reboque ou semirreboque, incluindo o peso de todos os veículos e da carga transportada.  

    Para que você entenda melhor, o PBT é para um veículo isolado, enquanto o PBTC é para combinações de veículos. 

    Qual a média de tolerância de peso para caminhões?  

    A nova Lei 14.229, de 2021, aumentou a tolerância para o excesso de peso por eixo de ônibus e caminhões de 10% para 12,5%, sem aplicação de multas.  

    Essa mesma lei também determinou que veículos com peso bruto total de até 50 toneladas sejam fiscalizados apenas quanto ao peso total e combinado, com uma tolerância de 5%.

    Dessa forma, se essa tolerância for ultrapassada, o veículo será fiscalizado também pelo excesso de peso por eixo, com penalidades cumulativas.  

    Para caminhões que transportam biodiesel sem estarem adaptados, a tolerância de peso foi aumentada de 5% para 7,5%.  

    Qual o valor de multas por excesso de peso em caminhão? 

    Segundo a resolução Resolução CONTRAN n.º 882/2021 e Lei Federal n.º 13.281/2016, o cálculo das multas por excesso de peso deve seguir as seguintes regras: 

    I – até 600 kg: infração média, com valor conforme definido no CTB;  

    II – entre 601 kg e 1.000 kg: infração grave, com valor conforme definido no CTB;  

    III – acima de 1.000 kg: infração gravíssima, conforme valor conforme definido no CTB, aplicado a cada 500 kg ou fração de excesso de peso apurado. 

    Já a Tabela para excessos no PBT/PBTC e eixos, conforme a Lei Federal n.º 13.281/2016, deve seguir: 

    a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) – R$ 5,32 (cinco reais e trinta e dois centavos); 

    b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilogramas) – R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos); 

    c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) – R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); 

    d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) – R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); 

    e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas) – R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos); 

    f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) – R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos).

    A importância de respeitar o PBT  

    Respeitar os limites do PBT é fundamental para as operações de transporte por várias razões: 

    Segurança nas estradas: exceder o PBT pode comprometer a estabilidade do veículo, aumentar o risco de acidentes e dificultar a frenagem e manobras, colocando em perigo o motorista, os passageiros e outros usuários da estrada. 

    Conformidade legal: como o PBT é regulamentado por leis de trânsito, transportar cargas acima desse limite pode resultar em multas, apreensão do veículo e outras penalidades, além de causar atrasos na operação. 

    Preservação do veículo: manter o peso dentro dos limites evita o desgaste prematuro de componentes do caminhão, como pneus, suspensão e freios, prolongando a vida útil do veículo e reduzindo os custos de manutenção. 

    Proteção da infraestrutura: veículos que excedem o PBT também contribuem para o desgaste acelerado das estradas e pontes, o que pode resultar em custos mais altos para reparos e manutenção da infraestrutura rodoviária. 

    Ou seja, respeitar os limites de peso total é indispensável para garantir a segurança, a legalidade, a eficiência operacional e a preservação da infraestrutura de transporte. 

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