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Conheça os principais custos do transporte rodoviário de cargas

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Conheça os principais custos do transporte rodoviário de cargas
Hivecloud
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Atualizado em 24 de abril de 2023

Para qualquer empresa, entender e conhecer os seus custos são tarefas essenciais para auxiliar na tomada de decisões e na formação do preço de seus produtos/serviços.

Para as transportadoras isto não é diferente, já que conhecer os custos do transporte rodoviário de cargas irá auxiliá-los na formação de preços de fretes que sejam adequados para pagar as despesas e obter um percentual de lucro desejado.

Desta forma, conheça a seguir os principais custos no transporte de cargas.

    Custo de coleta, entrega e transferência

    Os custos de coleta, entrega e transferência, são os custos diretamente relacionados com as atividades do transporte de cargas e são divididos em custos fixos e variáveis.

    Custos Fixos

    Representam custos que não variam conforme a distância percorrida dos veículos, ou seja, são custos que existem mesmo com o veículo parado e são geralmente calculados mensalmente. Os custos fixos são compostos por alguns dos seguintes componentes:

    • Salário do motorista;
    • Salário da oficina;
    • Licenciamento;
    • Reposição do veículo;
    • Reposição do equipamento;
    • Seguro do equipamento;
    • Remuneração do capital empatado, entre outros.

    Custos variáveis

    Ao contrário dos custos fixos, os custos variáveis variam de acordo com a quilometragem rodada dos veículos. Os custos variáveis são compostos por alguns dos seguintes componentes:

    • Peças e demais acessórios de manutenção;
    • Combustível e lubrificantes;
    • Pneus, recauchutagens, entre outros.

    Despesas indiretas

    Conhecidas como despesas administrativas, as despesas indiretas são aquelas que estão indiretamente relacionadas à operação do veículo. Neste caso, variam conforme o volume de carga movimentada e não com a quilometragem rodada dos veículos. As despesas indiretas estão divididas da seguinte maneira:

    • Salários e encargos de pessoas não envolvidas diretamente com a operação do veículo (ex.: administrativo, vendas, comercial, entre outros);
    • Despesas necessárias para o funcionamento da empresa (ex.: aluguel, impostos, comunicação, entre outros)

    Custos relacionados com o valor

    Os custos relacionados com o valor são aqueles referentes à gestão do risco de acidentes, avarias e o gerenciamento de riscos de roubos. Estes custos podem ser divididos em dois grupos:

    Custos de gestão de riscos de acidentes e avarias (frete-valor)

    O frete valor tem como objetivo agregar um valor para o transporte de mercadorias, sendo composto pelos seguintes itens:

    • Indenização por extravios, perdas, danos e riscos não cobertos pelo seguro;
    • Administração de seguros;
    • Prêmios de RCTRC;
    • Segurança interna;
    • Seguros de instalações, entre outros seguros.

    Custos de gerenciamento de riscos de roubos (GRIS)

    Os custos com o GRIS estão relacionados com a segurança da carga (roubo de cargas), e nestes custos estão inclusos:

    • Seguros facultativos de desvios de cargas (RCF-DC);
    • Salários (ex: horas extras; monitores de equipamentos de rastreamentos e segurança, entre outros);
    • Investimentos (ex: sistemas de rastreamentos; reposição de equipamentos, entre outros);
    • Custos operacionais de gerenciamento de risco (ex.: bilhetagem, taxas Do FISTEL, escoltas; entre outros)

    Outros Custos

    Representam todos os custos que não estão relacionados com o volume ou o peso do bem transportado. Alguns destes custos podem ser:

    • Custo de permanência de carga (armazenagem): Ocorre quando existe a necessidade da armazenagem de cargas após o quinto dia útil de permanência desta;
    • Custo de cubagem: Ocorre quando as cargas possuem baixo peso e lotam os veículos antes de completar o limite de peso das carrocerias;
    • Custo de devolução de mercadorias: Este custo ocorre em casos onde a mercadoria acaba sendo devolvida ao destinatário;
    • Reentrega, segunda e terceira entregas: São custos adicionais para cada tentativa de entrega da mercadoria;
    • Custo de estadia do veículo: São custos gerados quando o veículo permanece parado além de seu tempo limite;
    • Custo de Administração das Secretarias da Fazenda: São custos “invisíveis” gerados pelos procedimentos adotados pelas Secretarias de Fazenda dos Estados. Desta forma, existe a Taxa de Administração das Secretarias da Fazenda (TAS) para ressarcir os transportadores.
    • Custo de Dificuldade de Entrega: São custos adicionais para entregas que apresentam dificuldades;
    • Custos de Restrição ao Trânsito: São os custos existentes em casos de restrição à circulação de veículos de transporte de carga e/ou à própria atividade de carga e descarga em determinados municípios.

    Cortar custos não garante o lucro!

    Conhecer os principais custos do transporte rodoviário de cargas é fundamental para que a companhia possa administrar seu capital, realizar cobranças adequadas e até mesmo competir em seu mercado com eficiência.

    Portanto, vale a pena estar sempre atento a este assunto e acompanhar de perto os custos, já que alguns deles estão sempre em processo de reajustes. Mas cortar os custos não garante fechar mais contratos de frete e, consequentemente, o aumento de seus lucros.

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