Faturamento é um dos assuntos mais presentes no dia a dia de uma operação de transportes. Porém, mais importante do que ele, é conseguir avaliar o indicador chave chamado margem de contribuição.
Não sabe do que se trata?
Assim como o Ganho Bruto, a Margem de Contribuição apresenta o quanto o lucro da venda de cada produto contribuirá para a empresa cobrir todos os seus custos e despesas fixas, também chamados de custo de estrutura e, ainda assim, gerar lucro.
Com base nisto, você pode calcular a quantidade mínima de produtos que precisará vender. Ou seja, de maneira bem simples, é quanto sobra de receita para pagar os custos fixos e, consequentemente, ter lucro após as vendas. Dessa forma, é possível saber quanto de receita sobra após o desconto dos custos diretos.
Confira os próximos tópicos.
Cálculo da Margem de Contribuição
Para encontrar a Margem de Contribuição, basta fazer o seguinte cálculo:
Valor das Vendas menos o valor dos Custos e Despesas Variáveis. Ou se preferir, pode usar a formula:
Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)
Exemplo:
Imagine que sua empresa planeje vender 100 unidades de um determinado produto, a R$ 50 cada unidade. Sendo assim, para produzir cada unidade deste produto, sua empresa tem um custo de R$ 20 e mais R$ 5 de despesas variáveis. Portanto, nossa Margem de Contribuição ficaria R$25
Como calcular?
Para realizar os cálculos da Margem de Contribuição, é preciso conhecer alguns conceitos base. O primeiro deles é compreender a diferença entre custos, gastos e despesas.
Custo
Todo investimento que uma empresa precisa fazer para produzir um produto ou oferecer um serviço é chamado de custo. Com isso, sem esse valor, não é possível dar início ou continuidade às vendas. Para aumentar a quantidade produzida, em geral, é preciso aumentar o custo da empresa.
Aqui também podemos definir o conceito de “preço de custo”, que é o valor mínimo gasto pela empresa para fabricar determinado produto. Se o material for vendido a preço de custo, a empresa não tem nenhum lucro. Em cima do preço de custo, é possível calcular o preço de venda – a diferença entre os dois é lucro.
Exemplos: matéria-prima, água, eletricidade da produção, depreciação de maquinário, embalagem.
Despesas
Em suma, as despesas englobam tudo aquilo que a empresa precisa ter para manter o funcionamento da estrutura mínima. São valores investidos em áreas como a comercial e a administrativa. Além de marketing e recursos humanos.
As despesas não têm ligação direta com a produção de novos itens que serão vendidos pela empresa, mas podem influenciar a receita.
Geralmente elas dividem-se em duas categorias:
- Fixas: que não variam com a quantidade de bens ou produtos vendidos pela empresa, como material de escritório.
- Variáveis: varia com a quantidade de produtos produzidos pela empresa, como comissão de vendedores.
Exemplos: salários, material de escritório, telefone, aluguel, comissão de vendedores, assim como compra de publicidade.
Gastos
Gastos são os valores que a empresa não previu no orçamento, mas que precisa investir para continuar a produção. Como um gasto é imprevisível, não é possível de ser repassado no preço do produto, portanto, a empresa precisa arcar com o prejuízo.
Exemplos: substituição de peça com defeito, assistência técnica.
Cada atividade empresarial, em função da sua natureza operacional e das características comerciais que pratica, apresenta diferentes valores que representam custos e despesas, os quais precisam ser analisados um a um, para serem definidos pela condição de variáveis ou fixos.
Por que chamamos então de Margem de contribuição?
Margem porque é a diferença entre o Valor da Venda (preço de venda) e os Valores dos Custos e das Despesas específicas destas Venda, ou seja, valores também entendidos como Custos Variáveis e Despesas Variáveis da venda.
Em síntese, chama-se contribuição porque representa em quanto o valor de cada venda contribui para o pagamento das Despesas Fixas e também para gerar Lucro.
Dessa forma, através de um bom software de gestão de transportes, é possível controlar todas as etapas de uma operação de transportes, inclusive do momento em que há o faturamento para comparar os dispêndios realizados durante todo o processo.
Com o Bsoft TMS, você pode ter uma visão clara das operações, do mesmo modo, controlar e calcular automaticamente cotações de frete, rastrear as entregas e fazer análise de desempenho e rentabilidade – tudo dentro da ferramenta.