Você já ouviu falar na reforma tributária? Ela já foi aprovada e, aos poucos, vai começar a mudar a forma como os impostos são cobrados no Brasil.
Se você é dono de uma pequena ou microtransportadora, talvez esteja se perguntando se essa reforma vai ajudar ou atrapalhar o seu negócio.
Para te ajudar a entender isso, preparamos um conteúdo simples e direto, explicando como a reforma pode impactar a sua operação e o que você pode fazer para continuar rodando com tranquilidade e segurança.
O que é reforma tributária, afinal?
Hoje no Brasil, existem diferentes tipos de impostos que afetam diretamente o transporte de cargas, como o ICMS (estadual), o ISS (municipal), o PIS, a Cofins, o IPI e mais. Essa quantidade de tributos pode gerar confusão, retrabalho e até mais custo para quem vive do frete.
Com isso, a proposta da reforma tributária é simplificar isso. Afinal, ela cria um novo modelo de cobrança chamado IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado), que vai substituir vários impostos por dois principais:
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – imposto federal que substitui o PIS e a Cofins.
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – imposto estadual e municipal que substitui o ICMS e o ISS.
Além desses, haverá também o Imposto Seletivo (IS), que deve incidir sobre produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente — como é o caso dos combustíveis.
Com essa mudança, a ideia, além de reduzir a burocracia, com regras iguais em todos os estados, é evitar a chamada “guerra fiscal”, em que cada lugar cria um incentivo diferente. Além disso, dar mais segurança jurídica para quem empreende e trabalha com transporte em diferentes regiões do país.
Por que isso importa para quem transporta carga?
É preciso ficar de olho, pois a reforma tributária traz mudanças importantes para quem trabalha com transporte rodoviário de cargas, ainda que sejam pequenas e microtransportadoras.
O principal ponto é a mudança na forma de cobrar os impostos. Hoje, esse setor paga tributos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. Como dito, com a reforma, todos eles serão substituídos por um único imposto chamado IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
Na prática, as principais mudnaças são:
Mudança na alíquota prevista do IB, que será de 25%, representando um aumento comparado aos impostos atuais, que somam cerca de 19,5%. Em alguns cenários, esse número pode chegar a 28,6%, o que significa mais de 35% de aumento na carga tributária para o setor de transportes.
Ou seja, com essa reforma tributária, o frete tende a ficar mais caro, aumentando, também, outros custos operacionais das transportadoras e de toda a cadeia logística.
Por outro lado, alguns especialistas apontam pontos positivos. Como por exemplo:
- A cobrança dos impostos passará a ser no destino da carga, e não na origem, o que evita distorções e a chamada “guerra fiscal” entre estados.
- As regras serão iguais em todo o país, facilitando a vida de quem roda por várias regiões.
- Promessa de menos burocracia e mais clareza sobre o que está sendo pago.
Já tem data definida para essa reforma tributária passar a valer?
A reforma tributária já foi aprovada, mas toda essa mudança não será imediata. O novo modelo começará a ser implementado em 2026, com um período de transição que vai até 2032.
Durante esses anos, as empresas terão que conviver com os dois sistemas: o atual (PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI) e o novo modelo de impostos.
Já em 2026 e 2027, será cobrado um valor simbólico de 1% no novo sistema, como forma de adaptação. Depois disso, entre 2028 e 2032, os tributos antigos serão reduzidos aos poucos, enquanto as novas alíquotas aumentam.
A partir de 2033, o sistema antigo será totalmente extinto, e o IVA Dual (CBS e IBS) será a única forma de cobrança de impostos sobre bens e serviços.
Nesse sentido, você, microtransportador, precisa ter mais atenção e organização nos próximos anos, já que a convivência entre os dois modelos pode gerar confusão e impactar os custos da operação.
No próximo parágrafo, separamos dicas de como se preparar da melhor forma. Confira:
Como se preparar para essa reforma?
Com tantas mudanças previstas, é importante se preparar com antecedência. Abaixo, listamos algumas ações práticas que você pode começar a colocar em prática:
1. Revise seus custos e operações
Olhe com atenção para os gastos do seu dia a dia, como diesel, manutenção, pedágios e peças. Identificar onde é possível economizar pode ajudar a equilibrar os custos quando as novas regras entrarem em vigor. Aqui, também vale repensar rotas e renegociar contratos com fornecedores ou motoristas agregados.
2. Use a tecnologia a seu favor
Ter um bom sistema para emitir seus documentos fiscais (como CTe e MDFe) vai ser ainda mais importante, pois além de evitar multas, um sistemas atualizados ajudam a manter sua operação organizada durante a transição para o novo modelo de impostos.
3. Fique de olho na nova alíquota
A alíquota do novo imposto (IBS) está prevista para ser de até 25%, mas o setor de transportes, por meio de entidades como a CNT, busca uma redução para 15%.
Por isso, acompanhar essa discussão pode te ajudar a se planejar melhor, especialmente porque esse valor influencia diretamente no preço do frete.
4. Capacite quem trabalha com você
Mesmo que sua equipe seja pequena, é importante que todos entendam, pelo menos o básico, sobre as mudanças que estão por vir. Isso vale principalmente para quem cuida de documentos fiscais e pagamentos, já que a fase de transição pode trazer confusão.
5. Busque apoio de um contador ou consultor
Ter um contador de confiança vai te ajudar a ajustar sua empresa ao novo sistema, além de como evitar pagar imposto a mais e como aproveitar créditos tributários. Isso pode fazer uma grande diferença no seu lucro lá na frente.
6. Antecipe investimentos, se puder
Se você está pensando em trocar ou comprar caminhão, renovar a frota ou investir na operação, talvez seja melhor fazer isso antes de a nova alíquota entrar em vigor por completo. Dessa forma, você evita pagar mais imposto sobre esses investimentos.
7. Organize sua operação
Mantenha suas finanças em dia e sua documentação sempre atualizada. Quanto mais controle você tiver sobre a sua operação, mais fácil vai ser enfrentar a transição entre os dois sistemas, o atual e o novo, que vão existir simultanemente até 2032.
Essa reforma muda alguma coisa na emissão de documentos fiscais como o CTe?
Sim, a reforma tributária traz algumas alterações. Com a chegada dos novos impostos (IBS, CBS e o Imposto Seletivo), o CTe também vai passar por adaptações, conforme divulgação das últimas Notas Técnicas da Sefaz.
A principal mudança será a inclusão de novos campos obrigatórios no documento, onde será preciso informar esses tributos conforme o novo modelo.
Durante o ano de 2025, essas informações ainda serão opcionais, mas a partir de janeiro de 2026 elas passam a ser obrigatórias. Isso significa que quem emite CTe vai precisar estar com o sistema atualizado para não correr o risco de ter o documento rejeitado ou até receber multa.
Outra mudança importante: o CTe Simplificado, lançado para facilitar a rotina dos transportadores, terá novas regras. Ele só poderá ser usado quando todos os destinatários estiverem no mesmo município. Se você fizer entregas para cidades diferentes, vai precisar emitir um CTe completo para cada um.
Como a Hivecloud te ajudará em meio a essas mudanças?
Com tantas mudanças no mercado, contar com um emissor confiável, que acompanhe todas essas novidades, faz toda a doferença. Por isso, se você já é cliente Hivecloud, não precisa se preocupar, nosso emissor já está sendo adaptado para atender todas as novas exigências da reforma.
Assim, você poderá continuar emitindo seus documentos conforme todas as regras fiscais estabelecidas. Conte com a gente!
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