Logística

Quais são os principais tipos de cross docking? 

6 minutos de leitura
Quais são os principais tipos de cross docking? 
Hivecloud
Escrito por:
Atualizado em 5 de dezembro de 2023

Independente dos tipos de cross docking, é certo que essa é uma estratégia logística eficiente que envolve a transferência direta de produtos do fornecedor para o cliente, minimizando o armazenamento intermediário.  

Existem diversos tipos, como o de transferência e o de coleta e distribuição, cada um com características específicas e suas vantagens incluem redução de custos e prazos de entrega mais rápidos.  

No entanto, desafios como coordenação e tecnologia podem surgir, uma vez que implementação bem-sucedida requer planejamento e sistemas eficazes.  

Para entender mais sobre os tipos de cross docking e suas aplicações, acompanhe os tópicos abaixo. 

    O que é cross docking? 

    Cross docking é uma estratégia logística que envolve a transferência direta de produtos ou mercadorias do fornecedor para o cliente, com o mínimo de armazenamento em estoque.  

    Ao adotar o cross docking, as empresas buscam agilizar o processo de distribuição, reduzindo a necessidade de manuseio e armazenamento prolongado. 

    Nesse processo, os produtos chegam ao centro de distribuição e são imediatamente direcionados para o processo de expedição, sem a necessidade de serem armazenados em estoque por períodos prolongados.  

    O objetivo é acelerar a movimentação dos produtos na cadeia de suprimentos, resultando em redução de custos operacionais, menor necessidade de espaço de armazenamento e prazos de entrega mais rápidos. 

    Existem diferentes tipos de cross docking, incluindo o de transferência, onde produtos de diferentes fornecedores são consolidados para um destino comum, e o de coleta e distribuição, que envolve a coleta de produtos de diversos fornecedores para atender a diferentes destinos. No próximo tópico vamos detalhar mais sobre esses tipos. 

    Quais são os tipos de cross docking? 

    Basicamente, existem três tipos de cross docking, cada um adaptado às necessidades específicas da cadeia de suprimentos e dos produtos envolvidos. Confira mais detalhes sobre eles abaixo: 

    • Cross Docking pré-distribuído:  

    Nesta modalidade de transporte adotada por grandes empresas, os gestores realizam um planejamento abrangente, que inclui horários de saída, armazenagem e momento da entrega.  

    Dessa forma, a administração consulta profissionais para gerenciamento de riscos em todas as etapas, resultando frequentemente na inexistência de armazenamento de estoque.  

    Sendo assim, os produtos, já vendidos, são direcionados do fornecedor ao cliente final sem passar por armazenamento. 

    • Cross Docking híbrido:  

    Esta abordagem é simultaneamente a mais flexível e complexa, exigindo excelente coordenação e habilidades técnicas. Ela envolve a combinação da carga dos fornecedores com aquela já presente em um armazém.  

    Muitas empresas recorrem a softwares específicos para transportadoras devido ao alto nível de controle necessário. Com isso, a localização precisa de cada produto é fundamental, sendo crucial conhecer a quantidade exata de mercadoria a ser descarregada e recarregada.  

    Dessa forma, essa modalidade oferece uma solução personalizada, adaptando-se às necessidades específicas de cada situação. 

    • Cross Docking Consolidado:  

    Neste cenário, ocorre o descarregamento e manuseio dos produtos antes de seguir viagem.  

    Os compradores muitas vezes demandam especificações não atendidas na fábrica, exigindo a realocação da mercadoria. Antes de atingir o destino final, parte ou toda a carga é desembalada, analisada e adaptada conforme as exigências dos contratantes do serviço.  

    Armazéns especializados são utilizados nesse processo. Sendo assim, após a manutenção adequada, os produtos retornam ao transporte, sendo recolocados no caminhão ou transferidos para outros veículos antes de seguir para o destino. 

    Quais são os desafios desses tipos de cross docking? 

    Em síntese, os diferentes tipos de cross docking apresentam desafios específicos que podem impactar a eficácia e a eficiência do processo logístico. Entre eles estão: 

    • Cross Docking pré-distribuído: 

    Coordenação precisa: o sucesso depende da sincronização precisa de todas as etapas, desde a programação até a entrega, o que pode ser desafiador. 

    Riscos inerentes: a ausência de armazenamento intermediário pode aumentar a exposição a riscos, como atrasos inesperados. 

    • Cross Docking consolidado: 

    Manuseio adicional: O processo de desembalar, analisar e adaptar mercadorias pode adicionar complexidade e tempo ao fluxo de trabalho. 

    Requisitos de armazenamento temporário: armazéns especializados são necessários, o que pode gerar custos adicionais. 

    • Cross Docking Híbrido: 

    Complexidade de coordenação: a combinação de carga de fornecedores com mercadorias já armazenadas requer uma coordenação excepcional e sistemas de informação robustos. 

    Desafios tecnológicos: a implementação de software específico para transportadoras pode ser complexa e exigir recursos consideráveis. 

    Assim, cada tipo de cross docking apresenta seus próprios desafios, mas é crucial para as empresas superá-los para colher os benefícios dessa estratégia logística.  

    Com isso, uma abordagem eficaz envolve investir em tecnologia, treinamento de equipe e processos aprimorados para garantir uma execução suave e eficiente do cross docking em toda a cadeia de suprimentos. 

    Como o cross docking impacta os prazos de entrega? 

    O impacto do cross docking nos prazos de entrega é geralmente positivo e significativo, proporcionando uma série de benefícios que aceleram o processo logístico.  

    Nesse sentido, aqui estão algumas maneiras pelas quais o cross docking pode influenciar os prazos de entrega: 

    Redução de tempo de armazenamento: 

    Como o cross docking envolve a transferência direta dos produtos do fornecedor para o cliente, sem armazenamento intermediário prolongado, os prazos de entrega são reduzidos significativamente. Sendo assim, isso é especialmente vantajoso para mercadorias de alta rotatividade. 

    Eliminação de etapas desnecessárias: 

    Ao evitar a necessidade de armazenar produtos em centros de distribuição, o cross docking elimina etapas desnecessárias no processo logístico. Isso contribui para a agilidade na entrega. 

    Otimização de rotas de transporte: 

    A consolidação e a redistribuição eficientes de mercadorias no cross docking possibilitam a otimização das rotas de transporte. Dessa forma, isso resulta em entregas mais rápidas e eficientes, reduzindo os tempos de trânsito. 

    Resposta rápida à demanda: 

    O cross docking permite uma resposta mais rápida às mudanças na demanda do mercado. Sendo assim, os produtos podem ser rapidamente direcionados para atender a pedidos urgentes ou ajustar-se a variações na demanda sazonal. 

    Maior visibilidade da cadeia de suprimentos: 

    Com a redução do tempo de armazenamento e a movimentação ágil dos produtos, há uma maior visibilidade da cadeia de suprimentos. Isso permite um planejamento mais eficiente e a antecipação de possíveis atrasos. 

    Minimização de atrasos devido a estoque excessivo ou obsoleto: 

    Em síntese, a prática de cross docking reduz a probabilidade de atrasos causados por estoque excessivo ou obsoleto, já que os produtos são movidos rapidamente, evitando a acumulação desnecessária. 

    Foco na eficiência operacional: 

    Ao eliminar atividades de armazenamento prolongado, o cross docking promove uma cadeia de suprimentos mais eficiente, reduzindo gargalos e atrasos operacionais. 

    Em resumo, o cross docking contribui para prazos de entrega mais curtos ao simplificar e agilizar a cadeia de suprimentos, garantindo que os produtos se movam de forma eficiente do fornecedor para o cliente final. 

    Este artigo foi útil para você? Continue acessando o nosso blog para aprender mais sobre logística e transporte.