O transporte de carga líquida pode ser uma oportunidade de crescimento para quem tem uma pequena transportadora. Entratanto, pode ser problemático para quem não segue todas as regras.
Afinal, esse tipo de carga exige cuidados específicos com o veículo, o motorista e, claro, com a documentação fiscal. Assim, qualquer pequeno descuido pode resultar em multas, apreensão do caminhão ou até a perda de contratos importantes.
Se você quer começar a atuar com esse tipo de carga sem correr riscos, este conteúdo é pra você! Entenda quais são as exigências legais, os cuidados que não podem faltar e como emitir os documentos obrigatórios.
Quais são os principais tipos de cargas líquidas?
O transporte de carga líquida envolve diferentes tipos de produtos, cada um com suas características e exigências específicas. Para evitar multas e outros problemas com clientes, conheça as principais categorias dessas cargas:
1. Combustíveis
Gasolina, etanol, diesel e óleo combustível são exemplos de líquidos inflamáveis, que apresentam alto risco no transporte.
Por isso, além de veículos-tanque apropriados com sinalização específica, a legislação ainda exige que o motorista tenha o curso MOPP (Movimentação de Produtos Perigosos) e realize a emissão correta dos documentos fiscais.
2. Produtos químicos
Ácidos, soda cáustica, solventes e outros compostos químicos também exigem um cuidado redobrado. Por isso, dependendo do grau de periculosidade, são necessárias licenças ambientais, EPIs, cursos específicos e sinalização de risco adequada.
Afinal, vazamentos desse tipo de carga podem trazer sérios riscos à saúde e ao meio ambiente.
3. Óleos vegetais e minerais
Óleo de cozinha, óleo de soja, óleo lubrificante e similares são comuns no transporte rodoviário. Apesar de menos perigosos, ainda exigem atenção com o tipo de tanque utilizado e vedação adequada, para evitar contaminações e perdas de carga.
Por isso, essa pode não ser uma opção muito vantajosa para quem está começando.
4. Alimentos e bebidas líquidas
Leite, água, sucos, vinhos e refrigerantes também entram nessa categoria de cargas líquidas. Nesse transporte, o foco está na higiene e conservação.
Dessa forma, o transporte muitas vezes precisa ser feito em tanques de aço inox, com limpeza regular e, em alguns casos, controle de temperatura.
5. Produtos farmacêuticos
Soros, medicamentos líquidos e vacinas são cargas muito sensíveis, que exigem transporte refrigerado, controle de temperatura constante e, em algumas situações, documentação sanitária específica.
6. Produtos de limpeza
Detergentes, sabões líquidos, desinfetantes e outros produtos de limpeza também podem ter restrições, pois são classificados como perigosos, exigindo cuidados semelhantes aos produtos químicos.
Vale ressaltar que cada tipo de carga líquida tem exigências diferentes, por isso, entender bem o que você está transportando é o primeiro passo para garantir qualidade e se manter dentro da lei e longe de prejuízos.
Como funciona o transporte de cargas líquidas?
Por se tratar de produtos que podem vazar, contaminar, evaporar ou até causar acidentes, o processo envolve regras específicas e, claro, a emissão de documentos fiscais obrigatórios para garantir a legalidade da operação.
Antes de tudo, é preciso entender que tipo de líquido será transportado: ele é perigoso? Inflamável? Alimentício? Cada tipo exige cuidados diferentes, como uso de tanque especial, controle de temperatura ou até curso MOPP.
Na maioria dos casos, o transporte é feito em caminhões-tanque, caminhão pipa ou caminhão cisterna que podem ser de aço inox, alumínio ou plástico reforçado, dependendo da substância. Esses veículos também precisam ter sinalização específica, como painéis de segurança, placas de risco e etiquetas informando a natureza da substância. Isso é essencial para proteger quem está na estrada e evitar multas.
Por isso, o motorista deve estar habilitado e treinado, principalmente se a carga for perigosa. Também é preciso que ele conheça os procedimentos de emergência em caso de vazamento ou acidente.
Antes de sair para a estrada, dependendo do tipo da operação pode ser obrigatório emitir alguns documentos fiscais, como o CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico) e o MDFe (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais).
Esses documentos comprovam a regularidade da carga, do frete e evitam problemas em verificação com o fisco.
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